- A BlackRock incorporou seu iShares Bitcoin Trust em sua linha de portfólio modelo de US$ 150 bilhões, potencialmente impulsionando a demanda pelo ETF de Bitcoin de grande sucesso.
- Isso ocorre depois que a BlackRock comprou US$ 443 milhões em Bitcoin em fevereiro, reforçando seu crescente interesse em ativos digitais.
A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, deu um passo significativo ao integrar seu iShares Bitcoin Trust (IBIT) em seu universo de portfólio modelo de US$ 150 bilhões, alocando entre 1% e 2% para o fundo negociado em bolsa (ETF). Essa decisão pode gerar uma nova demanda pelo IBIT, mesmo com o arrefecimento do interesse geral nos mercados de criptografia.
Desde seu lançamento em janeiro de 2024, o IBIT teve uma rápida adoção, atraindo mais de US$ 37 bilhões em entradas no ano passado e atualmente detendo mais de US$ 48 bilhões em ativos, de acordo com o Bold Report e a Farside Investors. A alocação se aplica especificamente às carteiras de alocação-alvo da BlackRock, que incluem ativos alternativos e ganharam popularidade entre os consultores financeiros por sua diversificação e eficiência.
Historicamente, os ajustes do portfólio modelo da BlackRock têm influenciado significativamente os fluxos de fundos, moldando as tendências mais amplas do mercado. Michael Gates, gerente de portfólio principal do conjunto de portfólio modelo Target Allocation ETF da BlackRock, enfatizou o papel do Bitcoin na diversificação do portfólio, afirmando em 27 de fevereiro que o ativo tem mérito de investimento de longo prazo. No entanto, a volatilidade do preço do Bitcoin foi um fator-chave na decisão da empresa de limitar a exposição ao IBIT em 2%, garantindo que o risco permaneça controlado enquanto mantém a exposição ao crescente mercado de ativos digitais.
Saídas de ETFs de Bitcoin em meio à volatilidade do mercado
A decisão da BlackRock ocorre em um momento em que os ETFs de Bitcoin estão sofrendo saídas significativas. Nos últimos quatro dias, o IBIT registrou US$ 930 milhões em saídas, com US$ 418 milhões saindo em 26 de fevereiro, marcando sua maior saída diária até o momento. Naquele dia, o fundo perdeu 5.000 BTC, superando seu recorde anterior de saída de US$ 332 milhões em 2 de janeiro.
O mercado mais amplo de ETFs de Bitcoin também foi afetado, com quase US$ 3 bilhões saindo desses produtos em sete dias consecutivos de negociação, incluindo US$ 756 milhões em saídas somente em 26 de fevereiro. Outros fundos registraram tendências semelhantes, com o Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) da Fidelity perdendo US$ 145,7 milhões em 28 de fevereiro, seguido pelo ARKB da ARK Invest com US$ 60,5 milhões e o fundo Mini BTC da Grayscale com US$ 56 milhões retirados.
A volatilidade do preço do Bitcoin tem desempenhado um papel fundamental nesses movimentos do mercado. Depois de atingir o recorde histórico de US$ 109.000 em 20 de janeiro,
Embora alguns vejam essas flutuações como um sinal de desinteresse, analistas como Nate Geraci, presidente da ETF Store, sugerem que as recentes saídas de ETFs são uma correção de curto prazo e não uma indicação de uma mudança duradoura no mercado. Em meio às flutuações do mercado, a BlackRock continua comprometida com a expansão do investimento em Bitcoin. A empresa está se preparando para lançar um produto negociado em bolsa (ETP) de Bitcoin na Europa, com o objetivo de aproveitar a demanda global por investimentos em criptografia regulamentados.