- A PumpFun removeu tokens vinculados ao hacker Bybit depois de descobrir seu papel na lavagem de fundos roubados por meio de negociações rápidas de memecoin.
- O hacker da Bybit usou a PumpFun para lançar o memecoin ‘QinShihuang’, executando negociações no valor de US$ 26 milhões em três horas antes de ser sinalizado e removido.
A PumpFun, uma plataforma baseada em Solana que foi notícia por sua rápida expansão no espaço memecoin, recentemente removeu tokens ligados aos hackers da Bybit de sua página inicial. A decisão foi tomada após revelações de que a Lazarus, uma organização cibernética norte-coreana, desenvolveu a memecoin para lavar fundos roubados da plataforma de criptografia Bybit.
JUST IN: PUMPFUN JUST REMOVED MEMECOINS RELATED TO THE BYBIT HACKER FROM FRONTEND
Source: Whale Alert pic.twitter.com/Z0VD0Ye0sR
— Mario Nawfal’s Roundtable (@RoundtableSpace) February 23, 2025
A memecoin como ferramenta de lavagem de fundos
Uma investigação recente descobriu que os hackers do Lazarus criaram um token chamado “QinShihuang” na plataforma PumpFun. Após a transferência de 60 SOL para um endereço designado, que posteriormente foi utilizado para cunhar 500.000 “QinShihuang”, o token foi emitido. Em menos de três horas, o volume de negociação do token subiu para US$ 26 milhões.
Usando o caráter especulativo do mercado de memecoin para distribuir rapidamente o produto do crime, a técnica era básica, mas eficiente. Foi um desafio rastrear os ladrões, já que os tokens foram vendidos a diferentes negociantes que não sabiam de sua procedência. Se isso soar como um enredo de um filme policial, é bem provável que seja.
Técnicas de obscuridade de fundos
Ainda assim, o grupo Lazarus não parou por aí. Eles também aplicaram vários métodos diferentes para ocultar o rastro dos fundos roubados. Uma abordagem é tirar proveito daa plataforma de câmbio eXch.
Os fundos que foram transformados em SOL por meio desse site são subsequentemente transformados em ativos de criptografia mais difíceis de rastrear, incluindo Bitcoin e Monero. Essa abordagem permite que eles ocultem a origem do dinheiro e evitem ser notados pelos agentes de segurança.
Por outro lado, esse incidente chama a atenção para um problema significativo no espaço das criptomoedas: como proporcionar independência financeira sem criar portas para atividades ilícitas? Atualmente, muitos serviços de criptomoeda estão lutando contra esse dilema, especialmente devido às mudanças nas leis e à crescente pressão governamental.
A PumpFun e suas responsabilidades
Pode-se interpretar claramente as medidas da PumpFun para remover tokens relacionados a hackers como uma tentativa de manter a integridade da rede. A questão, no entanto, é se isso foi motivado por consciência moral ou apenas para não entrar em conflito com a lei.
De fato, essa plataforma já recebeu pressão de várias partes em relação ao conteúdo que ela facilita. Na verdade, um escritório de advocacia dos EUA está processando a PumpFun neste momento por permitir a criação de tokens com direitos de propriedade intelectual. De diferentes moedas que se diz serem títulos não registrados, alega-se que o site ganhou cerca de US$ 500 milhões. Portanto, a decisão de retirar os tokens relacionados ao Lazarus pode ser apenas defensiva.
Uma nova era para as Memecoins?
Apesar da controvérsia, a PumpFun continua a inovar. A CNF informou anteriormente que a plataforma lançou um aplicativo móvel para iOS e Android. Essa medida torna a negociação de memecoins mais acessível, de modo que os usuários podem entrar no mercado de qualquer lugar e o gerenciamento de portfólio em tempo real é possível.
Isso é um sinal de que as memecoins continuarão a se transformar em algo mais do que apenas especulação selvagem? Ou haverá mais casos como esse envolvendo agentes mal-intencionados como Lazarus? Uma coisa é certa: no mundo das criptomoedas, a inovação e a manipulação geralmente andam de mãos dadas