- O FSC da Coreia do Sul planeja permitir investimentos corporativos em ativos de criptografia, começando com organizações sem fins lucrativos.
- O FSC tem como objetivo alinhar as regulamentações com os padrões globais, definindo critérios de listagem e aprimorando a autorregulação.
A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) da Coreia do Sul revelou planos para permitir investimentos corporativos em criptomoedas, indicando uma mudança drástica na postura regulatória financeira do país. Essa decisão pode fornecer o modelo para uma maior aceitação dos ativos, melhorando a liquidez e o potencial de mercado associado.
O CEO Kwon Dae-young, do Serviço de Supervisão Financeira, solicitou o estabelecimento de uma estrutura para apoiar o investimento corporativo em ativos criptográficos. O FSC deve definir critérios de listagem e adotar regras sobre a conduta de trocas de ativos virtuais. Isso está em harmonia com as práticas internacionais e busca criar um ambiente organizado para a incorporação de entidades corporativas.
Atualmente, as contas corporativas estão proibidas de investir diretamente em ativos virtuais. As autoridades também recomendam que os bancos não abram contas com nome real para transações corporativas. Para isso, na Fase 2 do plano de implementação, o FSC pretende remover essas barreiras, começando com organizações sem fins lucrativos e passando para empresas com fins lucrativos.
Além disso, o FSC sugere que a elegibilidade dos acionistas seja examinada e que o crédito social seja incluído. Outras medidas para melhorar a autorregulação, como os critérios de triagem para tokens voláteis, como as moedas meme, também estão sendo discutidas. Essas medidas foram criadas para facilitar o desenvolvimento de serviços financeiros novos e inovadores e promover a entrada de novos participantes no mercado.
Reformas financeiras mais amplas
O FSC também está em processo de desenvolvimento de outras medidas regulatórias para estimular as operações financeiras corporativas. Há uma recomendação importante para que o limite de propriedade de ações de empresas não subsidiárias seja aumentado de 5% para 15%. Espera-se que essa mudança aumente a vantagem operacional das empresas.
Além disso, os reguladores planejam incentivar o compartilhamento de dados dentro dos grupos de holdings financeiras e afrouxar as regras sobre negócios de consignação. O vínculo proposto entre as contas de poupança médica e as contas de poupança individuais (ISAs) indica a iniciativa do governo de ampliar os serviços financeiros.
A iniciativa de permitir que as empresas invistam em criptomoedas é considerada um dos desenvolvimentos mais significativos do setor. Isso significa que os ativos digitais ganham uma forma de legitimidade que pode levar a uma grande quantidade de fluxos de entrada. Prevê-se que o aumento da liquidez e a expansão do uso impulsionem o sentimento de alta do mercado.
De acordo com um relatório recente da CNF, o Bitcoin é a criptomoeda mais usada na Coreia do Sul. O XRP da Ripple cresceu em popularidade e ultrapassou a Ethereum, o que pode ser explicado pelo desenvolvimento do mercado sul-coreano de ativos digitais.
Iniciativa NFT da Ilha de Jeju
Em notícias relacionadas, a Ilha de Jeju, uma das principais atrações turísticas da Coreia do Sul, está desenvolvendo NFTs para atrair visitantes mais jovens. Conforme divulgado pela CNF, a província pretende emitir cartões turísticos NFT chamados “Tao” em 2025. Esses cartões, associados ao blockchain, oferecerão descontos e concessões de viagem destinados aos viajantes da geração Y e da geração Z.
Os cartões Tao serão emparelhados com a criptomoeda nativa de Jeju e apoiada localmente, Tamna Jeon, que está circulando desde 2019 para ajudar a impulsionar a economia da ilha. Os turistas poderão usar a stablecoin e a NFT para obter taxas de atração com desconto e outras vantagens.