- O protocolo IOTA Rebased foi reformulado, introduzindo uma estrutura de registro baseada em objetos e a Move Virtual Machine (Move VM), melhorando a capacidade de programação, a segurança e a descentralização.
- O protocolo atualizado apresentará um sistema DPoS (Delegated Proof-of-Stake) baseado em staking, recompensando validadores e delegadores com tokens IOTA recém-criados.
A IOTA está sendo bastante reformulada com o lançamento do IOTA Rebased, uma revisão significativa de seu protocolo que aproveita a nova tecnologia de blockchain para maior flexibilidade, segurança e descentralização. A Fundação IOTA tem estado ocupada realizando grandes revisões em seu ecossistema. Com uma votação da comunidade em dezembro de 2024 para fazer a mudança, o projeto está atualmente se preparando para lançar sua rede principal.
Planos da Mainnet da IOTA Rebased
A atualização do IOTA Rebased é uma divergência dos planos anteriores do IOTA 2.0, em vez de adotar uma plataforma evoluída de tecnologia de contabilidade distribuída (DLT). O pivô dessa mudança está na implementação da Move Virtual Machine (Move VM) e na mudança de uma estrutura de ledger baseada em UTXO para uma estrutura baseada em objetos. Esse aprimoramento do projeto promove a capacidade de programação, com os desenvolvedores podendo criar contratos inteligentes complexos e aplicativos descentralizados (dApps) na rede, conforme indicado em nossa discussão anterior.
O Move VM apresenta aprimoramentos importantes, como a programação orientada a recursos, que possibilita o gerenciamento seguro e eficiente de ativos digitais. Outras áreas de aprimoramento são a abstração robusta de dados, que simplifica o gerenciamento de recursos complexos, e a verificação estática, que permite que as vulnerabilidades de código sejam detectadas antes da execução.
A Move VM facilita ainda mais a verificação formal, permitindo verificações de segurança rigorosas na lógica de contratos inteligentes. O modelo econômico da IOTA Rebased implementa um sistema incentivado por staking para a segurança da rede, conforme relatado anteriormente.
Os validadores e delegadores serão recompensados com prêmios de staking na forma de tokens IOTA recém-cunhados, com cerca de 767.000 novos IOTAs cunhados por época. Isso se traduzirá inicialmente em um crescimento anual de 6% no fornecimento de tokens, embora a inflação diminua com o tempo, já que a taxa de cunhagem é fixa.
As transações de rede virão com uma pequena taxa, que será queimada para criar uma compensação deflacionária contra a inflação. A taxa de gás para a primeira unidade de computação é de 1.000 Nanos, equivalente a cerca de 0,005 IOTAs por transação. Um sistema de depósito de armazenamento também será implementado, por meio do qual os usuários deverão bloquear tokens para cobrir o armazenamento de dados no livro-razão e poderão recuperá-los quando os dados forem excluídos.
Segurança, crescimento do ecossistema e ferramentas para desenvolvedores
A segurança e a descentralização da rede serão garantidas por meio de um modelo DPoS (Delegated Proof-of-Stake, prova de participação delegada). Será necessária uma participação mínima de 2 milhões de IOTAs para se tornar um validador, e a rede terá um máximo de 150 assentos de validador inicialmente. Os validadores, no entanto, podem recorrer a delegados para atender a esse requisito, promovendo uma participação mais ampla na segurança da rede. Os requisitos de hardware dos nós de validação serão 128 GB de RAM, CPU de 24 núcleos, 4 TB de armazenamento e uma interface de rede de 1 Gbps.
Como parte dos preparativos para a entrada na rede principal, a IOTA lançou um novo conjunto de ferramentas de software para facilitar a transição:
- Uma extensão de carteira de navegador para gerenciamento de tokens com facilidade.
- Um painel de controle de insights de rede em tempo real dApp.
- Integração de carteira de hardware Ledger.
- Novos kits de desenvolvimento de software (SDKs) para permitir o desenvolvimento baseado em MoveVM.
- Um explorador de blocos atualizado para melhorar o rastreamento de transações.
- Ferramentas de interface de linha de comando (CLI) e plugins Move IDE para desenvolvedores.
A Fundação IOTA também iniciou uma rede de teste pública para a IOTA Rebased. Isso permitiu que usuários e desenvolvedores experimentassem sua funcionalidade antes do lançamento da rede principal.