- A decisão da Méliuz de alocar 10% de suas reservas de caixa em Bitcoin reflete a tendência institucional estabelecida por empresas como a MicroStrategy.
- Essa decisão pode acelerar a adoção corporativa do Bitcoin no Brasil, posicionando os ativos digitais como uma reserva financeira estratégica.
O unicórnio brasileiro de fintech Méliuz tomou uma atitude ousada ao alocar 10% de suas reservas de caixa em Bitcoin, refletindo a tendência crescente de adoção de criptomoedas pelas empresas. Anteriormente, a gigante brasileira do petróleo Petrobras explorou o uso de gás de extração de petróleo para alimentar a mineração de Bitcoin, de acordo com o Crypto News Flash.
Essa decisão estratégica destaca o compromisso da Méliuz com os ativos digitais como um meio de aumentar o valor para os acionistas e diversificar seu portfólio financeiro.
A incursão da Méliuz no Bitcoin
Em 6 de março de 2025, a Méliuz anunciou a compra de 45,72 BTC, no valor aproximado de US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$ 90.296 por Bitcoin. Conforme relatado pela Reuters, a Méliuz declarou que essa estratégia não apenas protegerá e fortalecerá sua posição financeira, mas também posicionará a empresa como pioneira em uma transformação financeira que já está em andamento globalmente.
A Méliuz também realizará uma análise mais aprofundada sobre a adoção do Bitcoin como o principal ativo estratégico de sua tesouraria. Essa aquisição torna a Méliuz a primeira empresa brasileira de capital aberto a integrar o Bitcoin em sua estratégia de tesouraria.
O Conselho de Administração aprovou a iniciativa, permitindo que até 10% do total das reservas de caixa sejam investidos em Bitcoin para retornos de longo prazo e viabilidade operacional.
Criação do Comitê Estratégico de Bitcoin
Para supervisionar e potencialmente expandir sua estratégia de investimento em criptografia, a Méliuz formou um Comitê Estratégico de Bitcoin. Esse órgão é responsável por avaliar futuras oportunidades de investimento em Bitcoin, definir medidas de governança para apoiar a integração do Bitcoin e explorar maneiras de gerar valor adicional para os acionistas.
O comitê também se concentrará na alocação estratégica de caixa e na otimização do fluxo de caixa operacional para aumentar a utilidade do Bitcoin dentro da estrutura financeira da empresa.
A estratégia da Méliuz está alinhada com as tendências corporativas internacionais, particularmente aquelas definidas pela MicroStrategy. No início de 2020, a MicroStrategy começou a alocar reservas de caixa para o Bitcoin, aumentando significativamente sua capitalização de mercado. A avaliação da empresa subiu de US$ 500 milhões em 2020 para US$ 77 bilhões hoje, e agora ela detém aproximadamente 499.000 BTC, avaliados em cerca de US$ 45 bilhões.
Ao seguir um caminho semelhante, a Méliuz busca capitalizar o potencial de crescimento de longo prazo do Bitcoin e se proteger contra a inflação e os riscos tradicionais do mercado. Conforme relatado pela Reuters, Méliuz declarou:
Essa estratégia não apenas protegerá e fortalecerá a posição financeira da Meliuz, mas também tem o potencial de nos posicionar como pioneiros em uma transformação financeira que já está em andamento globalmente.
A Méliuz também realizará uma análise mais aprofundada sobre
a adoção do Bitcoin como o principal ativo estratégico de nossa tesouraria.
Implicações para o futuro e o contexto do mercado
A adoção do Bitcoin pela Méliuz representa um marco significativo na forma como as instituições financeiras tradicionais se envolvem com ativos digitais. Ao diversificar seu portfólio, a empresa fortalece suas reservas com o Bitcoin como hedge, alinhando-se à tendência global de empresas que integram criptomoedas em suas estratégias financeiras.
De acordo com o Brazil Journal, a decisão de Méliuz coincide com os movimentos contínuos do mercado de Bitcoin. Em 7 de março de 2025, o Bitcoin (BTC) estava sendo negociado a US$ 87.727, refletindo uma ligeira queda de 0,048% em relação ao fechamento anterior.
Atualmente, o BTC está cotado a US$ 87.762,14, marcando uma queda de 4,74% em relação ao dia anterior e uma queda de 8,81% na última semana. Veja o gráfico de preços do BTC abaixo.