- A questão de saber se a XRP da Ripple deve ser classificada como uma garantia continua por resolver nos EUA.
- Entretanto, Ripple refere-se a uma directriz na Grã-Bretanha segundo a qual a XRP deve ser classificada como um “Exchange Token”. Como resultado, a Ripple não se envolveria na venda ilegal de tokens de títulos.
A regulação e classificação das cripto-moedas é uma questão global que ainda está por resolver em muitos países. Em particular, a classificação das cripto-moedas como valores mobiliários é uma questão muito crítica porque também é muito complicada. Em geral, não se pode decidir que as cripto-moedas possam ser classificadas como títulos ou não como títulos. Para cada cripto-moeda é necessária uma análise individual.
Para as empresas iniciantes de cripto-moeda, no entanto, esse tópico é de grande importância. Antes de uma sociedade emitir um título, ela deve atender a determinados requisitos legais. Além disso, é obrigada a reportar aos investidores. Nos EUA, já houve muitos casos em que a autoridade reguladora, a Securities and Exchange Commission, culpou posteriormente as startups cripto pela venda ilegal de fichas de valores mobiliários.
A Ripple e a XRP são também frequentemente objecto de investigações. Especialmente nos EUA, a empresa americana aguarda a clarificação de que a XRP não é uma segurança.
A FCA da Grã-Bretanha publica diretrizes para a XRP
Em um post recente do blog, Ripple se refere a uma diretriz publicada pela Financial Conduct Authority (FCA) em 31 de julho de 2019. Ele divide as cripto-moedas em três categorias: tokens de troca (“exchange token”), tokens de utilidade (“utility token” – tokens que têm uma finalidade em seu ecossistema) e tokens de títulos. A classificação depende, portanto, da aplicação do token.
De acordo com a Ripple, o XRP token é um exchange token porque é utilizado para facilitar as transacções transfronteiras. Isto, por sua vez, significaria que a Ripple não emitiu quaisquer títulos sem autorização. Especificamente, ele diz no post do blog (traduzido livremente):
Com a publicação dessas classificações, a FCA deixa claro para as empresas quais ativos digitais se enquadram em seu “marco regulatório”. Em outras palavras, a FCA mostrou quais tipos de tokens são regulados como valores mobiliários e quais não são. A FCA também tornou o quadro flexível para refletir os desenvolvimentos tecnológicos, reconhecendo que os ativos digitais podem mudar de classificação ao longo do tempo.
Além disso, a Ripple salienta que um comunicado de imprensa da FCA que o acompanha indica a XRP como uma cripto-moeda, juntamente com a Bitcoin e a Ethereum, que não está sob a jurisdição da FCA (traduzido livremente):
As cripto-moedas não regulamentadas (por exemplo, Bitcoin, Ether, XRP, etc.) não são abrangidas pelo sistema de remuneração dos serviços financeiros e os consumidores não podem recorrer ao Financial Ombudsman Service.
Ripple exige mais clareza por parte dos reguladores
A classificação da XRP como uma segurança nos EUA poderia ter consequências jurídicas significativas para a Ripple. Actualmente, a empresa enfrenta vários processos judiciais nos EUA acusando a Ripple de vender ilegalmente a XRP como um valor mobiliário não registado. Há cerca de uma semana, a Ripple apresentou uma reclamação para demitir o processo por razões formais, afirmando que o requerente não tinha conseguido cumprir o prazo para um processo válido.
Independentemente disso, a Ripple está pedindo aos reguladores mundiais que criem diretrizes para ativos digitais. Em particular, a empresa pede aos Estados Unidos que liderem o caminho para se manterem competitivos e evitar que as empresas mudem para mercados mais bem regulados.