- A investigação de Elon Musk sobre as reservas de ouro de Fort Knox reacendeu as dúvidas sobre se todas as 4.580 toneladas ainda existem.
- Os senadores Rand Paul e Cynthia Lummis pressionam por transparência – um exigindo uma auditoria e o outro propondo o Bitcoin como reserva.
A curiosidade de Elon Musk acendeu um debate acalorado sobre o verdadeiro estado das reservas de ouro dos EUA. Tudo começou quando o blog financeiro Zerohedge marcou Musk no X, pedindo que ele verificasse o lendário cofre de ouro de Fort Knox, que não passa por uma auditoria adequada desde 1974.
It would be great if @elonmusk could take a look inside Fort Knox just to make sure the 4,580 tons of US gold is there. Last time anyone looked was 50 years ago in 1974.
— zerohedge (@zerohedge) February 15, 2025
Musk, surpreso com a afirmação, perguntou:
Com certeza ele é revisado pelo menos todo ano?
A Zerohedge respondeu rapidamente:
Deveria ser. Mas não é.
Essa breve troca de ideias causou um choque nos círculos financeiros, reavivando preocupações antigas sobre se os EUA ainda possuem todo o ouro que foi informado.
Se Fort Knox realmente contiver as alegadas 4.580 toneladas de ouro, seu valor seria estimado em US$ 425 bilhões com base nos preços atuais. No entanto, a falta de verificação independente levou à especulação de que parte desse ouro poderia ter sido secretamente vendida ou extraviada ao longo dos anos.
Senadores entram em cena: Aumentam os pedidos de auditoria
Os comentários de Musk rapidamente chamaram a atenção do senador americano Rand Paul, que entrou na discussão. “Não. Vamos fazer isso”, respondeu Paul, sinalizando seu apoio a uma revisão formal. Sua posição não é surpreendente, já que seu pai, o ex-congressista Ron Paul, há muito tempo questiona a transparência das reservas de ouro dos EUA.
A pressão crescente levou a pedidos de uma auditoria completa de Fort Knox, uma demanda que ressurgiu várias vezes, mas nunca ganhou força suficiente. Embora as autoridades tenham insistido que o ouro está intacto, os críticos argumentam que, sem uma auditoria nova e independente, as dúvidas só continuarão a crescer.
Para aumentar a discussão, a senadora dos EUA Cynthia Lummis apresentou uma alternativa: Bitcoin. Como defensora de longa data dos ativos digitais, Lummis acredita que o Bitcoin poderia substituir as reservas tradicionais devido à sua natureza transparente e imutável. Ao contrário do ouro, toda transação de Bitcoin pode ser verificada publicamente no blockchain a qualquer momento.
Uma proposta radical: O Bitcoin como o novo ouro?
Lummis já apresentou o BITCOIN Act, um plano ousado para que os EUA adquiram 1 milhão de BTC, o que representaria 5% do fornecimento total de Bitcoin. A proposta sugere a criação de cofres seguros de Bitcoin sob o Tesouro dos EUA, financiados por meio de recursos governamentais existentes, para evitar sobrecarregar os contribuintes.
Seu argumento é simples: enquanto o ouro pode ser falsificado, diluído ou movimentado secretamente, o Bitcoin não pode. Com um suprimento fixo de 21 milhões de BTC, cada unidade permanece rastreável na cadeia, eliminando o risco de falsificação ou transações ocultas.
As preocupações com o ouro falso não são infundadas. Nos últimos anos, os casos de barras de ouro falsificadas aumentaram, levantando dúvidas sobre a integridade das reservas globais. Em 2019, o CEO da refinaria de metais suíça Valcambi admitiu que as barras de ouro falsificadas estavam se tornando mais sofisticadas, sugerindo que milhares de barras falsas podem já ter se infiltrado no mercado.