- Em uma entrevista com Lesley Stahl, Jamie Dimon reafirmou sua oposição de longa data ao Bitcoin, uma posição que ele mantém desde 2014.
- Dimon reiterou sua crença de que o Bitcoin não tem valor intrínseco, enfatizando suas preocupações sobre sua natureza especulativa e associação com atividades ilegais.
O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, tem sido um dos críticos mais francos do Bitcoin há anos. Apesar da crescente popularidade e do valor do Bitcoin, Dimon continua cético, citando constantemente preocupações sobre sua extrema volatilidade, uso em atividades ilegais e falta de supervisão regulatória.
Em uma entrevista recente à CBS, Dimon reiterou sua posição, dizendo: “Eu simplesmente não me sinto bem com o Bitcoin”. Apesar de reconhecer a crescente influência do Bitcoin, ele acrescentou que o BTC se tornou fortemente associado a atividades ilegais, incluindo tráfico sexual, lavagem de dinheiro e pagamentos de resgate. “O Bitcoin em si não tem valor intrínseco”, afirmou Dimon, mas o CEO enfatizou que seu uso em práticas ilícitas é uma das razões pelas quais ele continua desconfortável com ele.
Dimon fez uma comparação interessante, comparando seus sentimentos em relação ao Bitcoin aos do fumo. Embora reconheça o direito das pessoas de negociar com Bitcoin, ele declarou: “Eu aplaudo sua capacidade de querer comprar ou vender. Assim como acho que você tem o direito de fumar, mas não acho que você deva fumar”.
Apesar de suas reservas em relação ao Bitcoin, Dimon demonstrou apoio à tecnologia blockchain, a infraestrutura subjacente às criptomoedas. Ele elogiou a blockchain por seu potencial de revolucionar a transferência de dados e as transações financeiras, reconhecendo que o JPMorgan já integrou a blockchain para vários usos dentro do banco. “O uso de blockchain para dinheiro, movimentação de dinheiro, movimentação de dados, nós já o utilizamos”, explicou Dimon.
Talvez o mais surpreendente seja o envolvimento do JPMorgan com o Bitcoin, já que o banco de Dimon atua como um participante autorizado do iShares Bitcoin Trust da BlackRock, um ETF Bitcoin local. Isso destaca uma clara contradição nos pontos de vista de Dimon.
As críticas de Dimon ao Bitcoin não são novas. Em 2017, ele chamou infamemente o Bitcoin de “fraude” e ameaçou demitir qualquer funcionário do JPMorgan que fosse pego negociando a criptomoeda. No ano passado, Dimon mais uma vez desaconselhou o investimento em Bitcoin, pedindo às pessoas que evitem se envolver com o volátil ativo digital.
Aumento do valor da Bitcoin
Em contrapartida, a trajetória de mercado do Bitcoin conta uma história diferente. De um valor de US$ 0 em 2009, a criptomoeda atingiu marcos como US$ 69.000 em novembro de 2021 e um recorde histórico de US$ 108.135 em dezembro de 2024. Esses aumentos de preços foram impulsionados por desenvolvimentos importantes, incluindo eventos de redução do Bitcoin pela metade, a aprovação de ETFs Bitcoin Spot em janeiro e a vitória de Donald Trump nas eleições de 2024 contra Kamala Harris. Atualmente, cada unidade de BTC está sendo negociada a 90.597, refletindo uma ligeira queda de 3,87% nas últimas 24 horas.
A crescente adoção do Bitcoin levou a discussões em estados como Ohio, Pensilvânia e Texas, bem como em países como a República Tcheca, sobre o estabelecimento de reservas de Bitcoin. Apesar das críticas contínuas de Dimon, a ascensão do Bitcoin para uma projeção de US$ 150.000 ressalta sua crescente aceitação como reserva de valor.