- A Paima Studios, desenvolvedora de estruturas L2, anunciou uma nova maneira de acessar metadados de transações diretamente da linguagem de contratos inteligentes Plutus da Cardano.
- O novo contrato inteligente Aiken acessa o hash da transação, que contém os metadados, abrindo novas oportunidades em NFT AMMs, jogos na cadeia, interoperabilidade e muito mais.
À medida que Cardano cresce para incorporar um próspero ecossistema descentralizado, um desafio que tem atormentado a rede é a incapacidade da linguagem nativa de contratos inteligentes, Plutus, dde acessar metadados de transações, impedindo NFTs, jogos na cadeia e muito mais. A Paima Studios, uma empresa de mecanismos de aplicativos Web3, resolveu esse desafio.
O cofundador da Paima, Sebastien Guillemot, anunciou a nova atualização no fim de semana.
We managed to get a Cardano Plutus script to validate CIP25 metadata 🔥
Big implications, and enables many new use-cases:
・NFT AMMs (not easily doable in EVM!)
・New interop standards
・Onchain gamesand we just open-sourced it🫡
How did we achieve this? ↓🧵 pic.twitter.com/KUikGQtWzX— Sebastien Guillemot (@SebastienGllmt) July 6, 2024
Os NFTs da Cardano – que têm se tornado cada vez mais populares – são emitidos sob o padrão de token CIP25. Esse padrão, semelhante ao ERC-721 da Ethereum, define como os emissores de NFTs definem os atributos de um NFT, como sua imagem, nome, URL e mais em seus metadados de transação.
Até agora, o desafio para os desenvolvedores de Cardano tem sido o fato de a linguagem de contrato inteligente da rede, Plutus, não conseguir acessar esses metadados. Isso impediu que os dApps criados em Cardano acessassem esses dados e limitou a extensão em que os NFTs na rede poderiam ser utilizados.
Em primeiro lugar, vale a pena observar que esse não é um problema exclusivo do Cardano. O Ethereum, apesar de ser muito mais avançado, também sofre falhas semelhantes. Os desenvolvedores do Ethereum superam esse desafio usando oráculos que se vinculam a dados fora da cadeia ou adicionando algum mecanismo complexo.
Os desenvolvedores do Cardano também tentaram resolver esse desafio. A solução mais comum é uma nova proposta de aprimoramento – ICP68. Esse padrão abandona completamente os metadados da transação, voltando-se para um sistema de dados totalmente novo na cadeia, conhecido como datums.
O CIP68 resolveu o problema, mas criou novos desafios. Por exemplo, muitas ferramentas criadas em Cardano ainda são compatíveis com o padrão anterior, que é o CIP25. Ele também é mais caro, pois se baseia em datums, que exigem o dobro de UTXOs, custando assim o dobro do padrão anterior.
Resolvendo o desafio dos metadados de transação NFT de Cardano
Guillemot e sua equipe na Paima propõem uma nova abordagem que busca acessar metadados diretamente por meio do Plutus, independentemente do padrão de token. Para fazer isso, a equipe usa o Plutus para acessar o hash da transação, que contém os metadados.
But what if we could access tx metadata (CIP25 & more) directly from Plutus? 🤔
It turns out you can using a clever trick!
Plutus cannot access metadata directly, but can access the tx hash (which contains the metadata!) pic.twitter.com/pmDxqc8ohK
— Sebastien Guillemot (@SebastienGllmt) July 6, 2024
De acordo com esta proposta, um contrato inteligente Plutus é armado com o hash final da transação e passa a fornecer todos os outros campos e verifica se o hash corresponde.
Guillemot explicou a mecânica, afirmando:
Criamos um contrato inteligente Aiken que faz exatamente isso: ele reconstrói os dados binários da transação em Aiken e verifica se eles correspondem ao hash! Isso responde a uma de duas perguntas: É viável? É eficiente/barato o suficiente?
A equipe de Guillemot descobriu que essa nova abordagem custa a metade do que o padrão CIP68 vigente, pois reduz o número de UTXOs.
Enquanto isso, a ADA é negociada a US $ 0,3744, ganhando 2,36% no último dia, quando caiu para uma baixa de 24 horas de US$ 0,3335 antes de voltar a subir.
