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  • O Banco de Itália está explorando uma blockchain autorizada baseada em Bitcoin.
  • A instituição financeira está explorando algoritmos alternativos como FBFT e FROST.

O Banco Central da Itália mergulhou recentemente na Tecnologia de Ledger Distribuído (DLT), revelando um novo protocolo de consenso adaptável ao Bitcoin (BTC). Com esse desenvolvimento, o Banco visa preservar a confidencialidade dos participantes autorizados, chamados de validadores, aproveitando as características essenciais da DLT.

Banco Central da Itália aposta em protocolo DLT para Bitcoin

O Banco Central da Itália compartilhou seus planos para criar uma versão autorizada do BTC em um documento de pesquisa publicado na terça-feira. O banco se concentra no Bitcoin, uma plataforma DLT estabelecida, amplamente utilizada e de código aberto, em vez de desenvolver uma plataforma completamente nova a partir do zero.

“Em nossa configuração autorizada, podemos herdar o enorme ecossistema de conhecimento e aplicativos que foi desenvolvido para a infraestrutura central do Bitcoin durante a última década”, afirmou o documento. O banco destacou a Lighting Network como um desenvolvimento promissor no domínio dos pagamentos digitais. No entanto, os pesquisadores afirmaram que existem desafios para o Bitcoin, já que ele não foi projetado para um ambiente com permissões.

A obtenção de consenso exige muitos recursos em um ambiente sem permissão, pois as identidades dos validadores não são conhecidas. Os validadores precisam demonstrar sua integridade usando uma grande quantidade de poder computacional, Prova de Trabalho (PoW), ou capital financeiro substancial, Prova de Participação (PoS).

Por outro lado, o consenso pode ser obtido sem a necessidade de grandes compromissos de recursos no ambiente autorizado. Nesse contexto, a prova de autoridade (Proof-of-Authority – PoA) às vezes é utilizada quando um conjunto conhecido de validadores participa do consenso. Isso serviu como base do Banco da Itália para o protocolo DLT para BTC.

Explorando algoritmos alternativos

Conforme revelado no documento, outros protocolos de algoritmo foram introduzidos para fortalecer a segurança do registro contra fraudes e ataques, além de garantir a confidencialidade dos validadores. Especificamente, o protocolo FROSTed Byzantine Fault Tolerance (FBFT) foi apresentado como uma abordagem inovadora ao PoA.

Esse protocolo combina o algoritmo Practical Byzantine Fault Tolerance (PBFT) com o esquema de assinatura Flexible Round-Optimized Schnorr Threshold (FROST), uma descoberta recente na pesquisa criptográfica.

De acordo com o documento, os pesquisadores incorporaram seu protocolo FBFT ao código de uma blockchain semelhante ao Bitcoin, convertendo com sucesso seu componente de consenso em um ambiente com permissão. Além disso, eles realizaram um teste de desempenho em diferentes cenários realistas e geograficamente distribuídos.

Enquanto isso, os pesquisadores italianos pretendem realizar uma variedade de tarefas adicionais de exploração do Bitcoin, além do protocolo de consenso. No futuro, o plano é explorar as redes de canais de pagamento da Camada 2 (L2) e a privacidade dos pagamentos. Além disso, eles desejam investigar pagamentos internacionais e tokenização de ativos para entrega em vez de pagamento.

Em relação ao Bitcoin, o foco principal do experimento, a moeda caiu 0,2% no último dia, sendo negociada a US $ 66.134. O volume de negociação também caiu 28%, para US$ 27 bilhões.

Bancos centrais explorando a tecnologia Blockchain

Notavelmente, o Banco da Itália não é o primeiro banco central a trabalhar extensivamente com a tecnologia blockchain. Por exemplo, o Banco Popular da China criou um blockchain personalizado baseado na Ethereum por meio de seu Digital Currency Research Institute.

Em uma atualização recente, cobrimos que o Banco Central de Reserva do Peru (BCR) está explorando o desenvolvimento de uma moeda digital. O banco fez uma parceria com a Viettel Peru, uma empresa experiente em telecomunicações e serviços digitais, para testar o desenvolvimento.

Godfrey Benjamin é um experiente jornalista de criptografia cujo objetivo principal é educar todos sobre as perspectivas da Web 3.0. Seu amor pelas criptomoedas foi despertado durante seu tempo como ex-banqueiro, quando ele reconheceu as claras vantagens do dinheiro descentralizado em relação aos pagamentos tradicionais.

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