- A China pode estar repensando sua postura em relação às criptomoedas à medida que as autoridades legais exploram novas abordagens para casos relacionados.
- As políticas favoráveis às criptomoedas de Hong Kong podem indicar um interesse mais amplo por parte dos reguladores da China continental.
Durante anos, o governo chinês tem sido duro com o Bitcoin e outros ativos de criptografia. Em 2021, o governo impôs uma proibição geral, aparentemente encerrando todas as formas de comércio e mineração de criptomoedas no continente. Mas agora, há um cheiro de mudança – e ele está vindo de Hong Kong.
Recentemente, o CEO de um emissor de ETF de Hong Kong revelou que os órgãos reguladores da China continental parecem estar considerando uma revisão de suas políticas em relação ao Bitcoin e aos ativos digitais. Por trás dessas declarações estão alguns movimentos interessantes que podem ser interpretados como passos iniciais para mudanças maiores.
BREAKING:
HONG KONG ETF ISSUER SAYS CHINA
WILL "RECONSIDER ITS STANCE" ON
BITCOIN AND CRYPTO POLICY.CHINA FUD TO CHINA FOMO 🔥 pic.twitter.com/lmqR2ipNYl
— Ash Crypto (@Ashcryptoreal) March 24, 2025
Hong Kong se move primeiro, mas quem está realmente observando?
Hong Kong é conhecida por ter seu próprio sistema financeiro, diferente da China continental. Devido ao seu status de “um país, dois sistemas”, a cidade é frequentemente usada como um local para experimentar coisas que não podem ser implementadas diretamente no continente. Incluindo o mundo das criptomoedas.
Hong Kong autorizou recentemente o lançamento de ETFs à vista para Bitcoin e Ethereum – os primeiros na Ásia. Enquanto isso, o governo também está elaborando novas políticas fiscais que beneficiam fundos de hedge e escritórios familiares que buscam investir em ativos digitais. Essa é apenas uma iniciativa local? Ou é um sinal de que a China continental está observando de longe?
A muralha de criptografia da China pode estar começando a rachar
Curiosamente, no final de fevereiro de 2025, a CNF relatou que as autoridades jurídicas chinesas estavam começando a estudar como lidar com casos relacionados a criptomoedas, mantendo a proibição nacional que está em vigor há mais de três anos. Enquanto isso, o banco central da China continua agressivo no fortalecimento de sua supervisão do mercado global de criptografia sob seu roteiro de estabilidade financeira.
Além disso, figuras como Yifan He, da Red Date Technology, que antes acreditavam que as chances de a China suspender a proibição de criptomoedas eram de 0%, agora dizem que veem mais de 50% de chance de isso acontecer nos próximos três anos. Essas não são palavras de qualquer pessoa, e vale a pena observá-las.
Bilhões em criptomoedas, mas elas ainda estão lá?
Em março de 2025, surgiram relatos de que o governo chinês estava aparentemente mantendo uma grande quantidade de ativos de criptografia – apreendidos do esquema de fraude da PlusToken que entrou em colapso em 2019. Os números não são pequenos, há 194.000 BTC, 833.000 ETH, 487 milhões de XRP e 6 bilhões de DOGE, com um valor total de cerca de US$ 21,167 bilhões até o momento.
Imagine se alguém dissesse que odeia queijo, mas secretamente mantivesse uma caixa de queijo na geladeira. Essa é a sensação de ironia.
Entretanto, nem todos acreditam que esses ativos ainda estejam intactos. O economista Peter Schiff, por exemplo, criticou a declaração da senadora norte-americana Cynthia Lummis de que a China poderia competir com os EUA na acumulação de Bitcoin. Schiff chegou a argumentar que a China poderia ter vendido todo o seu BTC até janeiro de 2025.