- A abordagem favorável às criptomoedas dos EUA leva os bancos a uma exploração maciça, já que o Citibank e o State Street estão prontos para lançar serviços de custódia de criptomoedas.
- A recente decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) de revogar o boletim contábil SAB 121 teria influenciado esse movimento.
Dois bancos renomados – State Street e CitiBank – estão lançando serviços de custódia de criptografia, conforme observado em nossa última notícia. O Citibank, que recentemente concluiu a prova de conceito (PoC) sobre a tokenização de fundos privados, é atualmente o terceiro maior banco dos EUA, com ativos sob gestão (AUM) de US$ 2,14 trilhões. O State Street também aparece como um dos maiores bancos de custódia de ativos tradicionais, como ações e títulos. De acordo com nossa pesquisa, ele possui US$ 44 trilhões em ativos.
Essa decisão vem após relatos de que a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA finalmente cancelou um boletim contábil controverso, o SAB 121. Conforme mencionado no nossa notícia anterior, o SAB 121 exigia que as empresas que detêm criptomoedas para clientes indicassem amplamente o passivo e os ativos correspondentes em seu balanço patrimonial.
O setor de criptografia se opôs fortemente a essa proposta devido aos custos proibitivos associados à sua conformidade. O senador Chuck Schumer, D-N.Y., e outros legisladores também se opuseram a ela depois que se descobriu que sua implementação violava os processos do Congresso.
O movimento inovador de custódia de criptografia da State Street, que foi programado para o próximo ano, também inclui serviços de agência de transferência. De acordo com a diretora de produtos Donna Milrod, os serviços incluiriam ajudar os clientes a usar ativos tokenizados como garantia. A partir do próximo ano, a State Street integrará os clientes em lotes.
Desafios enfrentados pelo Citibank e pela State Street em meio ao envolvimento potencial da Coinbase
De acordo com nossa pesquisa, a Coinbase também está em discussão com instituições financeiras para oferecer opções de negociação e gerenciamento de custódia. Entretanto, os especialistas acreditam que as iniciativas dos bancos são prejudicadas por alguns desafios. Em primeiro lugar, os bancos precisariam da aprovação do Federal Reserve (Fed) e do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS) antes de iniciarem suas operações.
Além disso, os bancos devem atender às exigências de capital impostas pelo governo. Especificamente, um requisito específico de capital precisa ser mantido para comprovar a prontidão para lidar com alguns riscos esperados.
Em meio a esse cenário, o Citibank revelou a plataforma de ativos digitais CIDAP para fornecer tecnologia de proteção de criptografia aos clientes. Além disso, explorou um programa piloto para tokenizar mercados privados.
Recentemente, o presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, na reunião do FOMC, aprovou o envolvimento do banco americano com as criptomoedas. Segundo ele, esses bancos são capazes de atender a clientes de criptomoedas, desde que cumpram os requisitos de divulgação de riscos.
Antes disso, Powell havia destacado que o Bitcoin estava competindo diretamente com o ouro, e não com o dólar americano. Conforme explicado em nosso último relatório, ele apontou que o ativo não é usado como reserva de valor ou meio de troca devido à sua natureza volátil.