- A Tether lançou o USDT na Lightning Network do Bitcoin, com o objetivo de aumentar a velocidade das transações e reduzir os custos, reforçando o papel do Bitcoin nos pagamentos digitais.
- Apesar do escrutínio regulatório da UE e das exclusões, 80% do volume de negociação do USDT vem da Ásia, garantindo que o domínio de mercado do Tether permaneça praticamente inalterado.
A Tether introduziu oficialmente seu principal stablecoin, o USDT, na Lightning Network do Bitcoin, reforçando os esforços para integrar o dólar digital à infraestrutura de blockchain. Com uma capitalização de mercado substancial de US$ 139 bilhões, o USDT continua a liderar o setor de stablecoin. Espera-se que a expansão para a Lightning aumente a velocidade das transações e reduza os custos.
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Tether Brings USDt to Bitcoin’s Lightning Network, Ushering in a New Era of Unstoppable Technology
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Paolo Ardoino, CEO da Tether, enfatizou a dedicação da empresa ao avanço do ecossistema do Bitcoin. A Lightning Network, lançada no início de 2018, foi desenvolvida para permitir pagamentos quase instantâneos e econômicos de Bitcoin. A incorporação do USDT a essa estrutura representa uma iniciativa estratégica para aumentar a adoção e a usabilidade.
“Milhões de pessoas agora poderão usar o blockchain mais aberto e seguro para enviar dólares globalmente. Tudo se resume ao Bitcoin”, disse Elizabeth Stark, CEO da Lightning Labs.
Do Omni ao Lightning: a longa jornada do USDT
O USDT foi lançado pela primeira vez em 2014 na camada Omni, um protocolo baseado em Bitcoin originalmente conhecido como Mastercoin. Ele foi uma das primeiras tentativas de dimensionar o Bitcoin para aplicações no mundo real. No entanto, a stablecoin expandiu-se posteriormente para a Ethereum no início de 2018 com a versão ERC-20, que provou ser mais eficiente e rapidamente ganhou popularidade.
Em março de 2019, a Tether também introduziu uma versão do USDT na rede Tron, diversificando ainda mais seu alcance. A Binance, uma das principais bolsas de criptomoedas, removeu o suporte ao USDT baseado em Omni em 2021, sinalizando o fim de sua relevância. Em agosto de 2023, a Tether descontinuou oficialmente o suporte à Omni, pois ela representava menos de 0,3% da oferta total.
Atualmente, o USDT está disponível em 17 blockchains diferentes, incluindo Solana e Avalanche. No entanto, a maior parte de sua circulação está concentrada em Ethereum e Tron, com US$ 74,4 bilhões e US$ 59 bilhões em circulação, respectivamente. Essas duas cadeias de blocos dominam o mercado de stablecoin, com apenas uma fração das transações ocorrendo em cadeias menores.
O escrutínio da UE desafia o Tether 80% do comércio de USDT na Ásia
O Tether, apesar dos avanços tecnológicos, enfrenta um crescente escrutínio regulatório. Na Europa, a estrutura MiCA (Markets in Crypto-Assets) impõe controles mais rígidos sobre stablecoins, complicando a conformidade. Consequentemente, várias bolsas europeias retiraram o USDT da lista, levantando preocupações sobre a liquidez e a estabilidade do mercado.
As medidas regulatórias, no entanto, podem não alterar significativamente a posição de mercado do Tether. O analista do setor Axel Bitblaze, enfatizou que 80% do volume de negociação do USDT é originário da Ásia, minimizando o impacto das exclusões da UE.
“80% do volume de negociação do USDT vem da Ásia, portanto, a exclusão da UE não terá nenhum impacto grave. Isso fica evidente na capitalização de mercado do USDT, que caiu apenas 1,2%”, afirmou Axel Bitblaze.
Embora a incerteza persista na Europa, o Tether mantém o domínio na Ásia e em outros mercados globais, reforçando sua forte presença no setor de criptografia. A expansão para a Lightning sinaliza ainda mais um foco estratégico no aprimoramento da utilidade, em vez de reagir a pressões regulatórias de curto prazo.